Depois de certos acontecimentos cheguei à conclusão do porquê de andar tanto com meninos e evitar, determinadamente, o sexo feminino... Não apenas porque sempre fui a 'excluída' que não curtia se maquiar e ter bolsas novas da Kipling, mas porque meu senso de amizade tende a ser mais próximo da 'coletividade' dos meninos e não do egoísmo exacerbado das garotas.
Não, não curto a pseudo-ética burguesa em que cada um deve estar por si e que cada um é dono do seu nariz, se 'lixando' pro que aconteça ao outro, algo extremamente presente no convívio feminino. Ao contrário, justamente por me importar tanto já fui taxada de metida diversas vezes, experiências as quais me ajudaram a restringir e refinar quem são as pessoas as quais eu devo me dá o trabalho de analisar e opinar, quem são aqueles que me dão intimidade o bastante para isso.
Justamente por condenar essa pseudo-ética do cada-um-por-si, levei em consideração muita coisa que alguns já me falaram (até demais), o que foi bom e ruim ao mesmo tempo... Porque, apesar de me sentir 3x mais culpada quando alguém me aponta os erros, quando alguém me expõe ou me julga superficialmente, aprendi bastante sobre amizade, inclusive como encontrá-las. As que encontrei realmente valeram por tudo, são aquelas que me apontam os erros, são aquelas que me incomodam, são aquelas que tiram uma noite pra sentar na minha cama e falar exatamente tudo que pensam sobre determinada situação, me ajudando a ver sob outro ângulo o mesmo quadro, me ajudando a conhecer um pouco mais sobre mim, sobre minhas diversas faces.
Amizade é algo muito relativo e, realmente, raro de encontrar. Não que seja algo novo descobrir que há pessoas que pensam de formas diferentes da minha sobre esse ponto, mas novamente não entendo, me intrigo e questiono: como essas pessoas vêem um amigo? Quer dizer então que cada um deve viver sua vida sem ter opinião sobre a do seu ‘companheiro’, como bem quiser, sem se importar, sem nem alertar? Isso não seria um individualismo gerado numa sociedade em que tudo gira em torno de si mesmo e se importar com o outro é sinônimo de idiotice?
Enfim... Ou sou muito criança e não consigo entender realmente o que se passa na cabeça dessas pessoas ou tudo tá muito errado... De qualquer forma, tudo que consigo concluir é que graças a deus sou uma exceção e espero continuar assim por um bom tempo. Nem que pra isso só consiga manter relações com garotos.
terça-feira, 26 de maio de 2009
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2 comentários:
Você é muito criança. E também tá tudo errado, a gente sabe disso.
Concordo contigo em relação às garotas (não, isso não foi uma indireta) e tu sabe que sou teu amigo. Mesmo, de verdade, tu sabe. Mesmo tudo estando tão errado e o tempo tão corrido (tanto que a gente nunca mais foi ver filme idiota juntos, nem ver mais nada sobre Noodles, ou Che Guevara e suas expedições à China), eu nunca vou deixar de ser teu amigo. Os outros podem até passar, mas eu sou teimoso, vou ficar.
Qualquer dia que tiver com vontade de falar e rir de besteira, ver coisas nerds, me ouvir tocar Beatles... Me liga. Só me liga que eu apareço.
Deus te abençoe, saudades.
Tudo está errado mesmo.
E você é única Ana, te admiro demais por ser essa pessoa diferente de todas, por realmente ter o SEU ponto de vista e expressá-lo.
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