terça-feira, 20 de maio de 2008

Fast As You Can



Esse clipe de Fiona Apple traduz um pouco muito sobre mim, acho. Bom, esse não vai ser a continuação de 'My Generation' mas talvez até fale um pouco muito sobre 'pessoas' de nossa geração ou não.
Hoje queria abordar algo que me intriga bastante, acho que não só a mim, mas a todos que sofrem com esse mal que eu, definitivamente, não sei definir. O caso é que, voltando a música, se você for observar a letra dela, fala algo bem 'interessante' a respeito de relacionamentos - bom, pelo menos eu interpreto assim - e principalmente sobre o meu ponto de vista sobre o que eu faria com alguém (ou ao menos imaginava que faria), se tivesse algo a mais do que amizade... Mais ou menos como eu sempre fiz: usei, machuquei e desprezei, numa tentativa de me proteger do que poderia me 'machucar', sempre brincando antes que possam brincar comigo. E assim fui vivendo, sem precisar de ninguém pra me deixar feliz.
Mas o interessante é que, em determinados momentos, senti falta de algum estímulo mas não o queria confundir com paixões/relacionamentos... Temos como exemplo o meu post de mais ou menos 1 ano atrás (http://www.fotolog.com/ana_ravenclaw/24653591, sim, estou feia e gorda oO), em que meu ponto de vista naquela época é o mesmo de hoje... Sendo que com aspectos diferentes: hoje sou dependente, deixo com que relacionamentos (sejam eles de namoro ou não) influam totalmente na minha vida e acho que isso é simplesmente um retrocesso... Será?
Ainda defendo minha tese de que é muito superficial ter um estimulo movido a paixões, mas, enxergando hoje, vejo que todos os meus estímulos foram estes, mas com o intuito de me envolver e me retirar o mais breve possível, fazendo com que fosse um desafio pra alguém me prender (de volta a música, hehe). Mais ou menos da seguinte forma: desafiar que 'prendessem', prender a pessoa, a largar e fazer com que ela voltasse, mas aí já estar interessada em outras coisas (no meu caso, sempre eram estudos)... Uma forma de misturar estímulos (continuar até encontrar 'alguém'), não se machucar por conta deles e me envolver com algo bem mais importante (numa balança TEÓRICA estudos valem mais do que paixões). Inclusive, acho que isso me viciou até a me machucar, pois se não nem teria graça.
A coisa disso tudo é que... Agora, que me vejo sob outro aspecto (presa, dependente, teoricamente idiota), me pergunto até onde deve-se deixar alguém se envolver? Seja isso em namoros ou em amizades, até onde podemos deixar com que alguém te conheça sob todos os ângulos que você apresenta, todos os seus defeitos e qualidades, todos os seus modos de reagir as coisas... Até onde? Pois, pra mim, quando se conhece tudo de uma pessoa, quando ela já se torna 'previsível' ela se torna chata, cansativa e, no final, acaba perdendo a graça... E o mesmo deve acontecer com você... Mas... E se prender com máscaras fazendo com que você sempre se torne um enigma pra alguém (e idem ela pra você) até que aquilo se torne tão cansativo, tão cheio de coisas imprevisíveis que tudo se torne chato novamente? Até onde, inclusive, devemos deixar com que pessoas influam na sua vida a ponto de atrapalhar algo mais sério? Até onde podemos e devemos deixar que nossos estímulos nos levem a fazer algo (ou deixar de fazê-lo)? Porque se é tão importante encontrar aquelas pessoas que vão te ajudar a 'seguir', devemos deixar que elas te influenciem ou não? Todo ser humano é influenciável, mas podemos fazer ou deixar de fazer algo conscientemente por causa de alguém e aí que entra minha dúvida, se devemos deixar com que isso aconteça ou não... Até onde a importância dessa pessoa/influencia deve ir.

Sei lá, durante muito tempo achei que NÃO devíamos deixar de fazer algo ou ser algo por causa de alguém... Mas hoje, que me vejo dentro da situação e que vejo que abandonei completamente meu jeito de ser (ou parte dele) por conta de uma pessoa, às vezes nem sequer vejo reciprocidade nisso, fico pensando se vale a pena ou não, pois minha teoria é contraditória tendo em vista que acredito que devemos mudar por conta das pessoas que te fazem bem, buscando ser melhor, devemos nós dedicar a ela e somente a ela, mostrar todos os seus ângulos (ou deixar que ela os descubra)... Mas será que essa é a coisa certa a fazer? Até onde deixar isso ir?


Eu sei que há mais indagações do que respostas nesse post, mas é algo que eu quero saber da opinião de vocês... Pois a minha anda, no mínimo, confusa.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

My Generation (parte 1)

Admito que não sei nem por onde começar esse post. Talvez porque seja um tema tão presente que haja tantas vertentes e, portanto, seja algo um tanto quanto difícil de explicar. (por isso a divisão entre as 'partes', pois sei que não será a primeira vez que vou falar sobre isso).
O que quero dizer com isso? Bom, vamos analisar a juventude de hoje em dia, caros leitores! Partemos para a nossa geração, para de nossa idade (acredito que os que leiam isso aqui não passem da faixa de 20 anos, no máximo e daí pra baixo se enquadra no que quero dizer), para os dias de hoje e nossa 'querida' geração.
Um video interessante (http://br.youtube.com/watch?v=ejUCAalMOyo) a muito me faz pensar, acho que talvez ele traduza mais ou menos o que quero dizer com esse post, a grande diferença é que este, vai ser analise mais 'superficial' de algo que está presente no meu dia-a-dia e, talvez, no de vocês também.
O que observo hoje, parte desde escutar frases ridiculas vinda de meninas como "peguei 5 em uma noite só", que me fazem pensar... Quanto a ver os pseudo-intelectuais de hoje, cultuando o Niilismo, sem saber o que é existencialismo, no mínimo, e achar que aquilo é o que justifica todos os seus atos (e, principalmente, achar uma desculpa pra ter uma indiferença quanto a tudo que nos cerca). E, em outros casos, assistir a pessoas que se julgam 'politicamente corretas', 'limpas' e 'puras', sobre um 'salto' julgando todos a sua volta e achando que somente eles, por não fazer 'nada', que são os certos. Calma, calma, eu explico cada tópico.
Me decepciona olhar em volta e ver pessoas que acham que aproveitar a vida ao máximo é simplesmente ir pra uma festa, beber todas e 'comer' uma pessoa aleatória (ou ficar, pra mim, no final, dá praticamente no mesmo). Talvez vocês me julguem como radical, por achar ridiculo o fato de alguém que não conhecemos enfiar a lingua na nossa boca e fazer o que quiser com o nosso corpo, tendo a única justificativa de que estão 'se conhecendo melhor' e que aquilo é algo 'normal'. Aliás, o que não é normal hoje em dia? Crianças bebendo, meninas perdendo a virgindade com 12/13 anos e achando tudo isso muito lindo e maravilhoso? Entendam, isso não é um culto ao conservadorismo nem nada do gênero, mas eu, como adolescente de apenas 15 anos, não vejo a necessidade dessa exaltação toda ao sexo e as drogas (deixa o rock'n'roll de lado, aqui no Brasil ele tá mais pra pagode), não acho conveniente que uma criança pratique aquilo, que tudo isso seja visto como normal, por que se não, o que não irá ser normal? O anormal é você poder enxergar tudo isso, é você defender que alguém não faça tudo em exagero, antes da idade que seu corpo julga como correta para determinados atos (e aí, estou falando tanto do físico quanto do psicologico, quantas pessoas que vejo que não tem estrutura pra decidir nada da sua vida estão praticando coisas que julgam como 'normais' e que podem levar a atos mais drásticos e graves?), continuando... O anormal é quem PENSA. (acho que não encontro palavra mais digna pra ser posta aqui).
Além dessa massa medíocre que está a nossa volta, estão os que se julgam 'corretos', aqueles que levam a vida além de tudo com a razão, desprezando o nosso lado emocional e toda forma de prazer, o que, também acho extremamente ridiculo e irracional, de certa forma. O que quero dizer é: de que adianta viver sem experimentar o que a vida nos proporciona? De que adianta saber a teoria de tudo, saber a parte racional de tudo, se não podemos experimentar o lado emotivo, o lado do desejo, das coisas? É bem plausível que essas pessoas se fechem para seu próprio mundo, julgando os outros e achando que estão corretos, tendo em vista a 'bagunça' e palhaçada que são o 'grupo' que citei inicialmente e, estes de 'agora', talvez não queiram se contaminar.
Talvez minhas colocações sejam um tanto quanto contraditórias... E, admito, sob certo ponto de vista, elas são. Porém, para mim, nossa juventude está com sede de equilibrio, com sede de conseguir pesar em suas atitudes o lado racional e o lado emocional das coisas, dos atos que podem ou não cometer. E exatamente por isso que associo tanta gente fazendo 'besteiras' e, ao mesmo tempo, tanta gente se fechando para seu mundo, trazendo a tona dois tipos de vida 'extremos' e que não consigo definir qual é o mais correto, porque nos dois há suas lógicas, porém, há seus lados negativos que poderiam ser justificados com o lado 'bom' do outro (enr, com isso quero dizer: eles se completam, mas deveria haver um tipo de equilibrio, certo?).
E quanto ao meu ponto de vista sobre os pseudos-intelectuais, é uma pequena critica a respeito
daqueles que já acordaram pra algumas pespectivas da vida (no caso, para perceber que algo tá errado) mas se fecham no seu comodismo extremo se apoiando em filosofias 'pessimistas' etc, tal como o niilismo, ou o próprio existencialismo. O que também acho errado.

Talvez seja uma analise muito superficial (e realmente é), mas é algo que nos cerca e incomoda. Incomoda muito observar esse tipo de atitude e saber que estou sujeita a me tornar qualquer um dos lados (talvez eu já seja uma pseudo-intelectual, presa no comodismo das coisas, sabendo que estou errada e ainda assim, continuando), vendo pessoas com potenciais gigantescos acabando com suas vidas por não saber buscar um equilibrio, saber buscar algo que é natural do ser humano (aqueles que utilizam daquilo que chamam de CÉREBRO).
Algo a se pensar... Mas, mesmo sabendo disso tudo, o que fazer? Daí chego a conclusão de que, realmente, não me admira que tantas pessoas caiam nesse comodismo extremo, tendo em vista que nunca se há/sabe o que fazer diante de uma geração como esta.


É isso :)

(e desculpem a minha demora pra postar, é tudo uma questão de não saber como começar e como organizar os pensamentos).

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Enr... Oi?

Ok, vamos tentar iniciar.
Meu nome é Ana, tenho 15 anos e uma necessidade IMENSA de me expressar, algo bem natural entre as pessoas da minha idade. E, para tanto, criei esse blog com o intuito de, além do óbvio (necessidade de expressão), gravar e memorizar o que sou, para que um dia possa ler e analisar as mudanças que ocorreram ao longo do tempo, seja de opinião quanto de ortografia.

Enr, acho que não há muito a ser dito nessa abertura, apenas que não espero que esse blog se destaque entre todos (já me conformei que não serei escritora mirim, obrigada), mas que possa passar minha opinião para quem o ler, podendo gerar debates acerca dela e também um pouco de alivio para quem vos escreve, pois, nesse mundo, com tanta coisa errada, o que é melhor do que um espaço para se manifestar e explicar um pouco do que se passa em sua cabeça?
Então... Vamos lá! ;)