terça-feira, 15 de novembro de 2011

Controlling my feelings for too long.



Determinadas músicas, por mais recorrentes que sejam, conseguem expressar melhor o que você vem pensando por meses e a postura que quer continuar adotando, dessa vez como uma nova interpretação - ainda que com teoricamente o mesmo significante - e a surpresa de saber que por mais que você espere novos sentimentos, novas formas de ver o mundo, você irá se deparar em locais diferentes e pessoas diferentes com sentimentos mal acabados e mal interpretados, tendo que lidar mais uma vez com aquilo que você mais tem medo, ou que você simplesmente não sabe lidar.. ainda.
A grande diferença da última vez que senti esse mesmo sentimento e que comecei o post vomitando um monte de frases que - para os outros - não tem nexo, é que agora eu sei que posso enfrentar e esperar o momento certo, agir com determinada paciência que antes me faltava, deixar de lado o desespero e agir racionalmente... Talvez isso, de fato, seja o maior sinal de maturidade que tenho adquirido esse ano, indo além da experiência de sair de casa e de todo conhecimento jurídico-filosofico que adquiri. A desilusão com o que existe é, de fato, mais forte.


"mas podemos mudar de situações caso aquela te incomode tanto que não dê pra aguentar, basta, para isto, ser forte. E eu, definitivamente, não sou."

Tive que passar por muitas situações e, ao mesmo tempo, abrir mão diversas vezes de determinados sentimentos mas, posso dizer agora, corrigindo: definitivamente, eu sou.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

She.

"A contemporaneadade trouxe diversos aspectos para a vida do ser humano, incluindo novas relações socioeconomicas e diversas formas diferenciadas - e porque não revolucionárias? - de encarar o mundo. Vivemos, então, em uma época em que conceitos anteriormente enraizados, vêm, cada dia mais, sendo desapropriados e, quando não destruídos, modificados. Dentre esses, vêm se destacando a questão do gênero, que não apenas traz questões sobre o conflito homem x mulher, mas também, nesse novo dinamismo, discute 'valores' e quais seriam afinal de contas o novo papel que o sexo assume na sociedade hoje tida como pós-moderna.
As raizes de tais questões, porém, não são recentes e nos remetem a meados do século XX, quando o movimento feminista ganhou força, momento histórico em que várias mulheres do mundo inteiro passaram a tomar consciencia de sua condição e transformações efetivas passaram a ocorrer. No campo da medicina, por exemplo, os contraceptivos tiveram uma importância gigantesca na liberdade da mulher, trazendo não apenas a ideia do novo significado do ato sexual, mas, além de tudo, introduzindo um novo conceito de liberdade e uma nova visão da sociedade para com a própria mulher, pois conceitos milenares como o da mulher tida para 'reproduzir' foram colocados em cheque e, a partir de então, tidos como ultrapassados, mostrando que nessa 'simples' descoberta diversos paradigmas foram quebrados. Na mesma época, sociologos como Foucault passam a discutir a questão de genero e filosofas como Simone de Beauvoir não apenas se tornaram ícones do feminismo, mas trouxeram contribuições gigantescas para a sociedade com seus diversos trabalhos em vários campos.
A partir de então, tais transformações foram crescendo e se alargando cada vez mais, como podemos observer no campo político, em que, no Brasil, o direito ao voto foi conquistado em 1930 e, em menos de um século, foi possível assistimos ser eleita com uma maioria substancial de votos a primeira mulher presidente do Brasil, a admirável Dilma Rousselff que, ao lado de mulheres como Cristina Kirchner, são a prova viva da nova mentalidade de grande parte da sociedade e do novo papel da mulher nos dias atuais. Filmes como O Sorriso de Monalisa e A Excêntrica Família de Antônia passam a entrar em cena e, dessa forma, colocam pessoas para refletir ao passo que contribuem para acabar o que ainda resta de preconceito.
Entendo, dessa maneira, que a questão do papel da mulher na sociedade globalizada vem sendo demonstrada diariamente, no momento em que as mesmas são maioria em escolas e que demonstram estar conquistando seu lugar efetivo, tomando consciencia do seu papel e construindo uma visão para si (ao passo que destroem outras). Porém, também é sabido que tais modificações ainda estão longe de acabar, a partir do momento em que ainda existe preconceito e falta de conhecimento a respeito dessas questões. Por conta disso, acho necessário e extremamente importante que a mídia, os governos e a própria escola se empenhe na busca da conscientização das pessoas com o intuíto de continuarmos construindo esse novo contexto para a sociedade, colocando a mulher e o homem em evidência, de maneira igualitária não apenas na lei, mas também na prática."



Hmm.. Artigo de opinião que escrevi pro colégio, só pra treinar um pouco pra UFPB. Não tá muito bom e tal, mas é bom pra mudar um pouco o foco do blog, além do fato de que se encaixa perfeitamente bem no nosso contexto histórico.
Passei no vestibular, então acho que vou começar a usar isso de uma maneira mais efetiva, nem que seja pra publicar alguns artigos de opinião ou ir treinando a escrita mesmo.