quinta-feira, 8 de maio de 2008

My Generation (parte 1)

Admito que não sei nem por onde começar esse post. Talvez porque seja um tema tão presente que haja tantas vertentes e, portanto, seja algo um tanto quanto difícil de explicar. (por isso a divisão entre as 'partes', pois sei que não será a primeira vez que vou falar sobre isso).
O que quero dizer com isso? Bom, vamos analisar a juventude de hoje em dia, caros leitores! Partemos para a nossa geração, para de nossa idade (acredito que os que leiam isso aqui não passem da faixa de 20 anos, no máximo e daí pra baixo se enquadra no que quero dizer), para os dias de hoje e nossa 'querida' geração.
Um video interessante (http://br.youtube.com/watch?v=ejUCAalMOyo) a muito me faz pensar, acho que talvez ele traduza mais ou menos o que quero dizer com esse post, a grande diferença é que este, vai ser analise mais 'superficial' de algo que está presente no meu dia-a-dia e, talvez, no de vocês também.
O que observo hoje, parte desde escutar frases ridiculas vinda de meninas como "peguei 5 em uma noite só", que me fazem pensar... Quanto a ver os pseudo-intelectuais de hoje, cultuando o Niilismo, sem saber o que é existencialismo, no mínimo, e achar que aquilo é o que justifica todos os seus atos (e, principalmente, achar uma desculpa pra ter uma indiferença quanto a tudo que nos cerca). E, em outros casos, assistir a pessoas que se julgam 'politicamente corretas', 'limpas' e 'puras', sobre um 'salto' julgando todos a sua volta e achando que somente eles, por não fazer 'nada', que são os certos. Calma, calma, eu explico cada tópico.
Me decepciona olhar em volta e ver pessoas que acham que aproveitar a vida ao máximo é simplesmente ir pra uma festa, beber todas e 'comer' uma pessoa aleatória (ou ficar, pra mim, no final, dá praticamente no mesmo). Talvez vocês me julguem como radical, por achar ridiculo o fato de alguém que não conhecemos enfiar a lingua na nossa boca e fazer o que quiser com o nosso corpo, tendo a única justificativa de que estão 'se conhecendo melhor' e que aquilo é algo 'normal'. Aliás, o que não é normal hoje em dia? Crianças bebendo, meninas perdendo a virgindade com 12/13 anos e achando tudo isso muito lindo e maravilhoso? Entendam, isso não é um culto ao conservadorismo nem nada do gênero, mas eu, como adolescente de apenas 15 anos, não vejo a necessidade dessa exaltação toda ao sexo e as drogas (deixa o rock'n'roll de lado, aqui no Brasil ele tá mais pra pagode), não acho conveniente que uma criança pratique aquilo, que tudo isso seja visto como normal, por que se não, o que não irá ser normal? O anormal é você poder enxergar tudo isso, é você defender que alguém não faça tudo em exagero, antes da idade que seu corpo julga como correta para determinados atos (e aí, estou falando tanto do físico quanto do psicologico, quantas pessoas que vejo que não tem estrutura pra decidir nada da sua vida estão praticando coisas que julgam como 'normais' e que podem levar a atos mais drásticos e graves?), continuando... O anormal é quem PENSA. (acho que não encontro palavra mais digna pra ser posta aqui).
Além dessa massa medíocre que está a nossa volta, estão os que se julgam 'corretos', aqueles que levam a vida além de tudo com a razão, desprezando o nosso lado emocional e toda forma de prazer, o que, também acho extremamente ridiculo e irracional, de certa forma. O que quero dizer é: de que adianta viver sem experimentar o que a vida nos proporciona? De que adianta saber a teoria de tudo, saber a parte racional de tudo, se não podemos experimentar o lado emotivo, o lado do desejo, das coisas? É bem plausível que essas pessoas se fechem para seu próprio mundo, julgando os outros e achando que estão corretos, tendo em vista a 'bagunça' e palhaçada que são o 'grupo' que citei inicialmente e, estes de 'agora', talvez não queiram se contaminar.
Talvez minhas colocações sejam um tanto quanto contraditórias... E, admito, sob certo ponto de vista, elas são. Porém, para mim, nossa juventude está com sede de equilibrio, com sede de conseguir pesar em suas atitudes o lado racional e o lado emocional das coisas, dos atos que podem ou não cometer. E exatamente por isso que associo tanta gente fazendo 'besteiras' e, ao mesmo tempo, tanta gente se fechando para seu mundo, trazendo a tona dois tipos de vida 'extremos' e que não consigo definir qual é o mais correto, porque nos dois há suas lógicas, porém, há seus lados negativos que poderiam ser justificados com o lado 'bom' do outro (enr, com isso quero dizer: eles se completam, mas deveria haver um tipo de equilibrio, certo?).
E quanto ao meu ponto de vista sobre os pseudos-intelectuais, é uma pequena critica a respeito
daqueles que já acordaram pra algumas pespectivas da vida (no caso, para perceber que algo tá errado) mas se fecham no seu comodismo extremo se apoiando em filosofias 'pessimistas' etc, tal como o niilismo, ou o próprio existencialismo. O que também acho errado.

Talvez seja uma analise muito superficial (e realmente é), mas é algo que nos cerca e incomoda. Incomoda muito observar esse tipo de atitude e saber que estou sujeita a me tornar qualquer um dos lados (talvez eu já seja uma pseudo-intelectual, presa no comodismo das coisas, sabendo que estou errada e ainda assim, continuando), vendo pessoas com potenciais gigantescos acabando com suas vidas por não saber buscar um equilibrio, saber buscar algo que é natural do ser humano (aqueles que utilizam daquilo que chamam de CÉREBRO).
Algo a se pensar... Mas, mesmo sabendo disso tudo, o que fazer? Daí chego a conclusão de que, realmente, não me admira que tantas pessoas caiam nesse comodismo extremo, tendo em vista que nunca se há/sabe o que fazer diante de uma geração como esta.


É isso :)

(e desculpem a minha demora pra postar, é tudo uma questão de não saber como começar e como organizar os pensamentos).

5 comentários:

Gustavo Sabino disse...

bem concordo com tudo que você falou, já que vivemos em um mundo no qual deveríamos fazer algo para inverter todos os estragos causados até o presente momento, e ficamos apenas acomodados e pegando geral ouvindo seu pagodão e pegando as mina ;D.

André Lucena disse...

"ora como ousa? Parece-me mais uma idiota que busca mudar tudo!"

Claro que não, obviamente, quero destacar que esse post, por ser escrito por uma adolescente, reflete bem a realidade e quanto isso é deprimente
o que me chamou muito a atenção foi a digna colocação quanto aos fantásticos "pseudo-intelectuais", que são não mais que idiotas que se julgam super-homens por ter um mínimo conhecimento sobre linhas de raciocínio, e tal
acredite que tem um rapazinho na minha sala que se vê como o bonzão, claro, agora simplesmente porque "aceitou o racionalismo Descartiano como escola de sua vida"

Imagine! Pobres coitados, que não sabem com a complexidade que estão lidando e não conhecem nada do quanto isso pode modificar a vida das pessoas

Anônimo disse...

Acho nobre da tua parte expressar teus sentimentos de tal maneira, Ana.
Poucos, pouquíssimos tem a coragem de fazer isto hoje em dia.

Quanto ao tópico, as tuas indagações, dúvidas e conclusões são acerca da filosofia de vida do ser humano, o que persegue a humanidade desde os primórdios do pensamento racional.

Nunca houve nem nunca haverá um consenso sobre como nós, humanos, devemos agir e pensar durante toda a nossa existência. A resposta para este dilema é diferente em cada um de nós, devemos encontrá-la no decorrer da nossa vida. Por isto passamos por fases tão atribuladas, com tantos excessos, com tantos extremos, com tanto comodismo. Passamos por tudo isto como uma fase natural, uma etapa da aprendizagem, de auto-afirmação dos nossos ideais de vida.


FÓÓÓÓÓMMMM
Acho melhor parar por aqui antes que o bagulho fique muito tenso, a coisa fique muito caótica.

\o\
Tá comentado, Ana. Já serve? :x~

Ana Ravenclaw disse...

renã: não, quero minha carta. :)

Henrique disse...

Li o post agora sei q to atrasado até pq já é 2009 =X...

Mas, cada vez que leio algum post teu fico impressionado,vc consegue se expressar mto bem.

Bem,e a única saída que temos é buscar o equilíbrio entre estes 2 lados (o que venho tentando fazer a um bom tempo) e não é nada facíl.

Mas creio que quem chega a esse equilíbrio realmente consegue se realizar.

Abraço.